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Sintomas de leucemia afetam até pele: o que é, tipos, causas e tratamento

Publicado 25 Mar 2019 – 12:38 PM EDT | Atualizado 25 Mar 2019 – 12:38 PM EDT
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Geralmente de origem desconhecida, a leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos, caracterizada pelo acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), existem mais de 12 tipos de leucemia e, no Brasil, as estimativas de novos casos são de 10.800, sendo 5.940 homens e 4.860 mulheres.

Leucemia: o que afeta

A leucemia é caracterizada pela proliferação anormal de células doentes na medula óssea, que resulta em produção insuficiente de células sanguíneas maduras normais, explica Patricia Fischer Cruz, hematologista da Oncomed BH.

De acordo com a médica, pode ocorrer infiltração leucêmica de vários tecidos do organismo como fígado, baço, linfonodos, sistema nervoso central e outros. O mecanismo que leva proliferação leucêmica permanece incerto.

Sintomas

Os principais sintomas de leucemia decorrem do acúmulo de células defeituosas na medula óssea, prejudicando ou impedindo a produção das células sanguíneas normais.

Iniciais

  • Fadiga
  • Falta de ar
  • Palpitação
  • Dor de cabeça
  • Sangramentos (geralmente das gengivas e pelo nariz)

Avançados

  • Febre
  • Suores noturnos
  • Perda de peso sem motivo aparente
  • Desconforto abdominal
  • Dores nos ossos e nas articulações
  • Náuseas
  • Vômitos
  • Visão dupla
  • Desorientação

Na pele

  • Manchas ou pontos roxos na pele (equimoses ou petéquias)
  • Gânglios linfáticos inchados (principalmente no pescoço e nas axilas)

Diagnóstico

Segundo o INCA, diante da suspeita de leucemia, o paciente deverá realizar exames de sangue e deverá ser direcionado para um hematologista, para obter uma avaliação médica específica.

Exame que detecta leucemia

O principal exame de sangue para detectar a leucemia é o hemograma. Em caso positivo, ele estará alterado, mostrando um aumento do número de leucócitos, associado ou não à diminuição das hemácias e plaquetas. Outras análises laboratoriais devem ser realizadas, como exames de bioquímica e da coagulação, e poderão estar alteradas.

A confirmação é feita com o exame da medula óssea (mielograma), que consiste na retirada de uma pequena quantidade de sangue do material esponjoso de dentro do osso para análise. Em alguns casos pode ser necessária ainda a realização da biópsia da medula óssea.

Tratamentos

O objetivo do tratamento de leucemia é destruir as células leucêmicas para que a medula óssea volte a produzir células normais.

Nas leucemias agudas, o processo de tratamento envolve quimioterapia, controle das complicações infecciosas e hemorrágicas e prevenção ou combate da doença no Sistema Nervoso Central. Em casos é indicado o transplante de medula óssea.

Tem cura?

Apesar de grave, o diagnóstico positivo para a leucemia não deve ser considerado uma sentença de morte. Em entrevista ao site do Ministério da Saúde, o hematologista e especialista em transplante de medula óssea Alexandre Caio afirma que a doença está longe de ser tão perigosa quanto já foi um dia.

Hoje em dia, mesmo as leucemias agudas, que são muito graves, têm chance de cura. As crônicas não têm cura, mas a medicina tem formas de controle muito eficazes. Então, dificilmente elas evoluem para um estágio fatal, explica o especialista.

Leucemia: o que saber

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